Pedra de Metal

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

LIVE REPORT - Colhões de Ferro VII

No passado dia 04 de Fevereiro, realizou-se a sétima edição do Colhões de Ferro, no Centro de Juventude de Caldas da Rainha, desta vez mais dedicado ao black metal. Este ano a abertura do espectáculo foi dada de uma forma diferente, com uma demonstração de esgrima medieval, efectuada pela Associação de Esgrima de Caldas da Rainha.


Especial agradecimento a Peter Slaughter pelo leque de fotos fornecidas para esta live report.
Visitem os seus trabalhos fotográficos através de:
http://photoslaughter.blogspot.com/


Minutos após a demonstração de esgrima medieval, acima referida, deu entrada a primeira banda da noite, os caldenses MATTER, um trio composto por Turtle na voz, Devil Pig na guitarra e Barrasco na bateria.


Para muitos que lá estavam foi uma novidade, no meu caso era a segunda vez que estava a assistir a uma actuação deles, posso assegurar-vos de que, desde a sua estreia em Novembro, evoluíram consideravelmente a sua sonoridade e estão no bom caminho, pois o seu som era de puro abrasamento em todos os aspectos, soando, no meu ponto de vista a um death metal com tendências grind.


Seguiram-se os Göatfukk, a primeira banda de black metal da noite. Uma banda com traços muito próprios, acompanhando o seu black metal pode-se identificar também uma batida punk que lhe dá um toque bastante interessante.


A banda derramou temas agradáveis ao ouvido, bem tocados e cantados com alma. O vocalista mostrou-se bastante activo, por várias vezes na companhia da sua garrafa de Jack Daniel’s, tentando puxar pelo público que ateimava em se manter, mais ou menos, estático.


Chegamos a meio do concerto com o regresso de Vulturius ao palco Colhões de Ferro, com mais um projecto seu e um grande nome do black metal nacional, os IRAE. Mesmo com um baixo a mais e uma guitarra a menos, não deixaram de dar uma boa presença em palco nem o degredo, se bem que realmente mais uma guitarra teria feito a diferença.


O intervalo de cada tema, era preenchido com uma ambiência gélida e fúnebre feita por samples, entre pequenas filmagens de jazigos, mensagens escritas, simbologias, imagens de caveiras, etc… que passavam numa tela ao fundo do palco.


O moche e a violência surgiram “graças” aos Raw Decimating Brutality, o colectivo oriundo da Guarda, finalmente conseguiu um público que parecia estático até ao momento. Entre os vários temas que tocaram, não puderam faltar os referentes ao seu mais recente trabalho, “Obra Ó Diabo!!!”.


Para além da muito animada atitude em palco, foram também mais uma banda a passar filmagens durante “o seu direito de antena”, filmagens essas bem tortuosas e relacionadas com inserções de agulhas nos olhos e cortes na zona da íris.


A noite no auditório do Centro de Juventude terminou com mais uma banda aqui da zona, os Flagellum Dei. O concerto também serviu, para a banda, como festa de lançamento do seu último álbum “Order Of The Obscure”.


Mesmo com alguns problemas de som, que foram surgindo, os Flagellum Dei conseguiram mostrar, consideravelmente, as suas negras características. Como figuras na proa do cartaz, demonstraram confiança e ao mesmo tempo preocupados em proporcionar um bom espectáculo.

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