Pedra de Metal

terça-feira, 29 de março de 2011

PEDRAGULHO - Gates Of Hell "Shadows of the Dark Ages"


Os Gates Of Hell formaram-se no Porto em 2008 e invadiram os palcos nesse mesmo ano, mas só em 2009 a banda atingiu a sua formação actual, aproveitando para gravar a sua primeira demo e ainda um ensaio.

Em 2009 tiveram a oportunidade de tocar em vários pontos do país e com bandas diversas, até que em Novembro entraram em estúdio para gravar o EP “Shadows of the Dark Ages”. Praticam uma mistura de Death Metal (com um travo melódico de quando em quando), Thrash Metal moderno e o elemento extra do Groove.



Tratam-se de cinco faixas – três delas recuperadas da primeira demo – que espantam pelo profissionalismo e qualidade a todos os níveis. Abre com o tema Breaking The World e meros segundos chegam para constatar a qualidade da produção. Cada instrumento ouve-se perfeitamente mas no entanto há uma crueza no som, que só o torna mais contagiante.



O regresso da faixa Whoremaggedon conta uma participação do vocalista Miguel “Inglês”, que é colega do guitarrista Filipe Afonso nos Equaleft, onde Filipe toca baixo. É provavelmente, mas por pouco, a música mais rápida e agressiva do álbum, não fosse o nome dar a pista.



Hypocrisy é um novo tema, e talvez por isso mostre (ainda) mais técnica e experiência que alguns dos demais. Desde blastbeasts a riffs melódicos com ritmos bem orelhudos, em Hypocrisy os Gates Of Hell mostram uma nova faceta; mais versátil mas consistente com o seu estilo e as demais faixas.



Nesta nova versão de Blindness Of Religion o refrão é desempenhado por uma (ou mais) misteriosa voz feminina. Algo que até chega a surpreender quem não está à espera já que a faixa é feita à base de um riff de Thrash bem puxado, mas continuam lá os growls de Zé e esta variedade nem fica nada mal à música.



E para o fim fica mais um peso pesado para fechar em grande, o novo tema Dead Roses. Há algo de fascinante nos ritmos dos Gates Of Hell, uma complexidade que não é muito comum ver por cá, mesmo quando se trata de uma boa banda.

Face a lançamentos com este estou cada vez mais convencido que quem acha não haver bom Metal em Portugal obviamente não está à procura. Mais do que mostrarem potencial, com “Shadows of the Dark Ages” os Gates Of Hell apresentam um trabalho válido e bem conseguido que não ficaria mal de todo em qualquer mais tardia discografia “oficial”.

Mas que fica no ar a pergunta de até quão longe poderá ir a qualidade das próximas composições deste quinteto, isso fica. Até lá vão poder ficar a conhecer melhor os Gates Of Hell numa entrevista a ser publicada brevemente. Estejam ainda atentos ao Pedra de Metal para saberem onde se realizam as próximas actuações dos Gates Of Hell.

Sem comentários: